sábado, 9 de agosto de 2014

Convites.

Acredito que não seja tão difícil arranjar alguém, quando se tem segundas intenções em mente. Pessoas pra uma noite só tem aos montes. Vamos beber? Talvez você acabem transando, talvez não. Agora, não tem nada que cheire mais a sexo do que um convite pra assistir um filme. Claro, não vamos generalizar. Mas é verdade, não é? E ainda tem aquelas pessoas que falam sem rodeios exatamente o que querem fazer. EU QUERO TRANSAR. Ok, entendi. A única dúvida que fica quando você sai de casa é: será que vai ser bom? Vai acontecer, e você já sabe previamente disso. Bem, longe de mim ver qualquer problema nisso. Se o corpo pede, e sua memória não vai te trazer nenhum remorso no dia seguinte, vá em frente. Mas, confesso: é muito mais interessante quando o convite não atiça a nossa imaginação e a gente fica com aquele nervosismo de principiante sem saber o que vai acontecer. Qualquer coisa que aconteça nessa noite vai ser totalmente inesperada. Assim como qualquer coisa que por ventura também não venha a se concretizar. Difícil, difícil mesmo é receber um convite pra dançar. É receber um convite sem qualquer conotação sexual. É ser chamado pra jantar em um restaurante, chegar meia hora antes só pra garantir que você não vai se atrasar. Um convite para comer um sanduíche na praça. Tomar um açaí. Um sorvete. Assistir um filme. E ASSISTI-LO. Debatê-lo ao final do mesmo. Raro é um convite desses não terminar na cama, ou quem sabe terminar na cama, mas com os dois virados de frente um pro outro contando intimidades que ninguém mais sabe. Ouvir da outra pessoa que é meio cedo e que vocês mal se conhecem. Perceber que por mais simples que seja a história que está sendo contada, os olhos da outra pessoa não desviam um só segundo dos seus. Melhor coisa do mundo é ir conhecendo o outro aos centímetros, deixar o desejo ir aumentando com o passar dos dias. Sem ânsia, como se o mundo pudesse acabar a qualquer minuto. Mas sabendo dosar, pra não parecer desinteressado. É... depois ninguém sabe por que eu só vivo dizendo não. 

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