terça-feira, 9 de dezembro de 2014

A CULPA NÃO É MINHA!


- Isso que você está fazendo comigo, outra pessoa vai vir e fazer a mesma coisa com você.
- Já fizeram. Inúmeras vezes. Me deseja outra coisa, que essa virou tradição já.
- Engraçado, você não era assim ontem.
- Assim como? Idiota?
- Você acha idiotice gostar de alguém?
- Como você definiria uma coisa que te transforma num completo babaca?
- Humano.
- Um humano idiota, que seja.
- Tá, se você quer assim, eu vou desligar, não tenho porque estar perdendo tempo contigo.
- Eu sei que você vai me odiar, mas a culpa não é minha.
- Quem está me dando um fora é você, então minha é que não seria.
- Ninguém pode obrigar ninguém a sentir qualquer coisa que seja.
- Mas você não se permite, esse é o problema. Permita-se. Melhor: Permita-me.
- Agora que eu arrumei toda a casa? Não mesmo.
- A gente nunca sabe quem vai bagunçar a nossa vida, ou quem vai nos ajudar a manter tudo organizado, Caio.
- Desculpa, mas é um risco que eu não vou e nem quero correr.
- Perdemos coisas maravilhosas por conta disso.
- Eu sei. Mas também evitamos tragédias.
- Eu não sou uma catástrofe.
- Mas eu sou. Até mais.