terça-feira, 16 de abril de 2013

ACREANICE.

Acordo cedo no domingo para ir ao mercado
- Quanto está o maço de alface?, pergunta meu pai.

Puxo-lhe a beira da bermuda.
- Pai, me dá dinheiro?
Saio em disparada
No bolso, o barulho das moedas ao se chocarem entre si.

- Moço, me vê um quibe e uma coca?
- Quibe de quê?
- Esse aqui ó!, respondo apontando para o quibe de macaxeira.

Na hora do almoço
Juntam-se
Tios
Sobrinhos
Filhos
Avós
Netos
O que tem de almoço? pergunto.
Cozidão, responde minha mãe.

Três tios se juntam para interar o refri

Você vai sair nessa chuva? pergunta meu pai.
Vou "mermo", respondo.

Noite de domingo
Estamos na beira do rio e todos apreciam uma boa cerveja suja
Menos eu.

- Já decidiu o que você vai querer? questiona-me a atendente.
- Um açaí, por favor.

Um comentário:

  1. Ai, reunións familiares... que pouco me gustan... Bueno, as da miña familia paterna sí (e iso que non debería), pero as da familia materna... que aburrimento, mi madriña... Que cansanzo...

    Aínda que o momento de toda a familia reunida a carón do río, cada quen coa súa cervexa (menos ti, por desgraza)... a verdade é que me pareceu unha imaxe fermosa, en contraste co agobio que me transmitiu o demais. Claro que igual é só unha impresión miña. Un momento idílico no meu pensamento...

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